terça-feira, 13 de dezembro de 2011


ESTÁGIO DE OBSERVAÇÃO NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NA ESCOLA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO













Relatório do Estágio de Observação apresentado à professora Gisile Boucherville, como exigência da disciplina Fundamentos da Educação de Jovens e Adultos.













BOA VISTA

DEZEMBRO/2011

No dia 22 de novembro de 2011 fiz meu primeiro estágio de observação na EJA – Educação de Jovens e Adultos, com carga horária de 4 horas, por exigência da Disciplina Fundamentos da Educação de Jovens e Adultos. O estágio ocorreu na Escola Estadual Monteiro Lobato, localizada na Avenida Ene Garcez, Centro.

Ao longo da disciplina, conhecemos alguns motivos que causaram o abandono da escola e o retorno a ela tempos depois, como necessidade de ajudar financeiramente a família, ou decidir voltar a estudar para adquirir melhores condições de trabalho. Outro ponto que se destaca é que suas “famílias não dispõem de condições para manter as crianças na escola e esta, também, nem sempre oferece um ensino de qualidade.” (OLIVEIRA, p. 10)

Visando superar essas dificuldades educacionais houve dois importantes documentos que firmaram a importância do acesso da Educação de Jovens e Adultos: a Constituição de 1988 e a LDB/96.

A Constituição de 1988 contempla que o Estado deve oferecer Ensino Fundamental obrigatório e gratuito a esse público que não tiveram acesso na idade própria. A LDB/96 estabelece ainda, além do Ensino Fundamental, o Ensino Médio à essa clientela, destacando ainda que o Poder Público deve proporcionar acesso e permanência do trabalhador na escola.

O perfil dos alunos do 1º ano do Ensino Médio da EJA da Escola Monteiro Lobato, segundo uma das professoras da instituição são, geralmente, jovens e adultos que trabalham nas lojas do centro da cidade e que após o expediente vão à escola. A professora coloca ainda que o público alvo vai para a referida escola por ser mais próxima do seu trabalho e não por ser mais próxima de suas casas, pois moram em bairros mais afastados do Centro.

É fato que a situação sócio-econômica do nosso país é bem diversificada, sendo a maior parte da população pertencente às classes populares. Deste modo, se faz muito necessário a formação escolar dos estudantes jovens e adultos, visando um futuro melhor profissionalmente, além de proporcionar melhor qualificação para um mercado de trabalho cada vez mais exigente.

Ao ser questionado sobre a educação na EJA, um professor afirma que ensinar nessa modalidade de ensino requer um olhar compreensivo a respeito do processo educativo dos alunos, pois estes geralmente passam o dia no trabalho e chegam à escola cansados, às vezes não tendo um aprendizado significativo. Assim, é preciso que o professor saiba lidar com esses educandos, os respeitando.

Outro ponto importante a ser destacado para um bom professor de EJA é o respeito aos conhecimentos e às experiências prévias de seus alunos além de esses professores devem abster-se de preconceitos, visto que na sala de aula são adultos que já possuem ideologias, religiões, culturas, opiniões distintas.

Nota-se também a diversidade existente em nosso país, logo na sala de aula há variadas diferenças entre os alunos. No 1º ano do Ensino Médio, a maioria é jovem, de diferentes classes sociais, culturais, religiosas, com vivências e experiências de vida distintas.  Assim, a diversidade compõe-se inerentemente na vida social, seja por causa da diversidade de religiões, situações sociais, culturais, financeiras, de ideologias.



PROJETO ESTÁGIO DE OBSERVAÇÃO NA EJA


Aluno: Onésia de Souza Silva
Período: 7° Semestre
Professora: Gisele Cristina Bourcherville
Disciplina: Fundamentos da Educação de Jovens e Adultos

Horas de Observação: 6h

Horas de Montagem do Projeto: 2h

Escola Municipal Francisco de Sousa Briglia

Diretora: Vera Helena Nogueira Cavalheiros

Série: 4° série

Professora: Luana Camargo

 Autores utilizados para teorizar a observação:



1.    Relato da Observação



A observação foi realizada em uma escola municipal no Bairro Pricumã. Primeiramente fomos nos apresentar a diretora Vera Helena Nogueira Cavalheiros e ela nos encaminhou a sala de aula. A observação se deu em uma sala da 4° série onde os alunos compreendem entre jovens e adultos. No primeiro momento a professora Luana Camargo me apresentou a turma. Hoje estavam fazendo a prova de português, passaram três horas, mas ainda não haviam terminado, pois estavam ensaiando para apresentar um projeto. No dia seguinte eles deram continuidade à prova e ensaiaram novamente o projeto “Combate á Pedofilia”.

A professora mantem um bom relacionamento com os alunos que na maioria são jovens e indígenas.

As acadêmicas de Pedagogia Euliene Batista, Fabiana Silva, Jaqueline Simão, Lenise Carvalho, Liliane Serra, Lisabete Muniz, Marília Batista, Onésia Souza, e Skivia Canhete estiveram ao longo da última semana de novembro fazendo estágio de observação com a carga horária de 6 horas na Educação de Jovens e Adultos – EJA, em Escolas Estaduais e Municipais de Boa Vista, Roraima.

Durante a disciplina Fundamentos da Educação de Jovens e Adultos podemos conhecer alguns motivos que fizeram jovens e adultos evadir-se da escola e retornarem a ela, como ajuda financeira á família, e busca de diploma para melhor qualificação no mercado de trabalho.

Deste modo dois importantes documentos fizeram-se essenciais para o desenvolvimento da EJA no Brasil: a Constituição de 1988 e a LDB/96.

A Constituição de 1988 contempla que o Estado deve oferecer Ensino Fundamental obrigatório e gratuito a esse público que não tiveram acesso na idade própria. A LDB/96 estabelece ainda, além do Ensino Fundamental, o Ensino Médio à essa clientela, destacando ainda que o Poder Público deve proporcionar acesso e permanência do trabalhador na escola.

As acadêmicas Euliene, Marília e Onésia observaram na Escola Municipal Francisco de Souza Bríglia em salas de Ensino Fundamental, 4ª série, 2ª série e 4ª série, respectivamente. Observando que na 2ª série a maioria é idosa, em processo de alfabetização e na 4ª a turma é mista, composta por jovens e adultos, que ainda não sabem exercer a leitura e a escrita fluentemente.

A Escola Municipal Francisco de Souza Bríglia estava desenvolvendo projeto de aprendizagem sobre combate a pedofilia, onde os alunos estavam se envolvendo de forma significativa, ensaiando as apresentações sobre o tema.

As acadêmicas Fabiana, Jaqueline, Liliane, Lisabete, Skivia e Lenise desenvolveram a observação em Escolas Estaduais de Boa Vista, em Ensino Médio. A primeira observou o 2º ano na Escola Estadual Dr. Luiz Ritller Brito de Lucena, as outras três observaram o 3º ano na Escola Estadual Maria das Dores Brasil e a última observou o 1º ano na Escola Estadual Monteiro Lobato. Observamos ainda que o Ensino Médio em todas as escolas era composto por jovens em sua maioria.

A Escola Estadual Dr. Luiz Ritller Brito de Lucena na turma do 2º ano estava apenas revisando conteúdos para os últimos exames.

A Escola Estadual Maria das Dores Brasil estava envolvida em ornamentações da escola com decorações natalinas e apresentações para o encerramento do ano letivo, além de revisão de conteúdo para as avaliações finais.

A Escola Estadual Monteiro Lobato estava desenvolvendo atividades e trabalhos sobre Consciência Negra e revisões sobre temas a ser estudados para as provas do 4º bimestre.

A diversidade nas escolas era composta por variadas pessoas com faixas etárias diferentes, além da diversidade social, cultural e religiosa. Mostram-se também educando com personalidades distintas.

Segundo Boucherville e Gabriel, apud, Wikipédia, “O termo diversidade diz respeito a variedade de convivência de ideias, características ou elementos diferentes entre si, em determinado assunto, situação ou ambiente (...)”. Assim, ao longo do estágio de observação nas escolas da EJA podemos perceber que há diversidade em todas as turmas, pois a sociedade é composta por pluralidade de sujeitos, pensamentos, ideologias, culturas, economias distintas.

O pressuposto da complexidade criado por Edgar Morin estabelece que as disciplinas estão desintegradas no sistema educacional, desarticuladas com que significa ser humano, desconsiderando aspectos como a psicologia, o meio ambiente e a história. O teórico da complexidade “sugere ainda um pensamento crítico sobre o próprio pensar, o que remete a sempre retornar ao começo. Consiste em um procedimento em espiral, que amplia o conhecimento a cada retorno e, desse modo, comunga com o fato de o ser humano ser incompleto, necessitando aprender por toda a vida.”

É a partir dos conhecimentos anteriores dos alunos que o professor deve propiciar uma aprendizagem significativa, partindo do conhecimento real ao conhecimento mais complexo.

É conveniente ainda, destacar que o ser humano não é um ser acabado e sim um ser que está em constante transformação e construção. Isso faz pensar na complexidade do espaço social que a escola institui aos alunos da EJA e, sobretudo na eficácia da reprodução de um discurso estigmatizado que potencializa a condição de excluídos vivenciados por essas pessoas em outros espaços sociais, e como eles se apropriam e até assumem a condição de fracassados que lhes é atribuído.

Relatos e Relatórios de Estágio das alunas do Fundamentos da EJA/UFRR


OBSERVAÇÃO NA EJA



Aluna: Lisabete Muniz Naue

Professora: Gisele Cristina de Boucherville

Período de observação: 6 horas aula

Escola: Estadual Maria das Dores Brasil

Serie: Terceiro ano do Ensino Médio

Relato da Observação

            A observação se deu numa turma do terceiro ano do Ensino Médio, nas disciplinas de física, química e história. Fomos bem recebidas pelo diretor o senhor Gervalino Taigon e pela coordenadora da EJA  a senhora Lucenir que nos encaminhou até a sala. Fomos apresentadas a professora e aos alunos.

            A aula de física e química é dada pela mesma professora, que na ocasião estava revisando os exercícios do trabalho que haviam feito o qual seria a base da avaliação bimestral, fez alguns exemplos no quadro. Os alunos estavam também engajados na apresentação de final de ano para o encerramento das atividades letivas. Cada turma era responsável por enfeitar uma parte da escola e fazer uma apresentação para a comunidade. Neste mesmo dia se organizaram para atender uma carta de uma criança escrita para o papai Noel dos correios, os alunos estavam empolgados e todos demonstraram interesse em ajudar para comprar o material escolar e a  mochila pedida pela criança, embora o sonho dela fosse ganhar um carrinho, que iriam comprar igualmente.

            A turma é composta de jovens, que sentindo a necessidade do estudo para alcançar um melhor trabalho volta pra sala de aula. A turma esta sempre trocando idéias do acontece na sociedade. A aula de historia foi realizada na multifuncional para assistir ao filme Batismo de Sangue, que retrata a época do Regime Militar no Brasil, onde os jovens lutavam para combater o militarismo, após o filme os alunos deveriam fazer um resumo. Os alunos demonstraram curiosidade e fizeram muitas perguntas.

            Com a globalização as pessoas sentem a necessidade do dinheiro e da informação como fatores constitutivos da sua vida, onde o dinheiro é apresentado como motor da vida econômica e social, como se fosse necessidade vital do ser humano. E é esse pensamento que impulsiona muitos a continuar na escola ou retornar a ela.





TRIANGULAÇÃO DAS OBSERVAÇÕES COM O PRESSUPOSTO DA COMPLEXIDADE DE EDGAR MORIN



            As acadêmicas de Pedagogia Euliene Batista, Fabiana Silva, Jaqueline Simão, Lenise Carvalho, Liliane Serra, Lisabete Muniz, Marília Batista, Onésia Souza, e Skivia Canhete estiveram ao longo da última semana de novembro fazendo estágio de observação com a carga horária de 6 horas na Educação de Jovens e Adultos – EJA, em Escolas Estaduais e Municipais de Boa Vista, Roraima.

            Durante a disciplina Fundamentos da Educação de Jovens e Adultos podemos conhecer alguns motivos que fizeram jovens e adultos evadir-se da escola e retornarem a ela, como ajuda financeira á família, e busca de diploma para melhor qualificação no mercado de trabalho.Deste modo dois importantes documentos fizeram-se essenciais para o desenvolvimento da EJA no Brasil: a Constituição de 1988 e a LDB/96.

            A Constituição de 1988 contempla que o Estado deve oferecer Ensino Fundamental obrigatório e gratuito a esse público que não tiveram acesso na idade própria. A LDB/96 estabelece ainda, além do Ensino Fundamental, o Ensino Médio à essa clientela, destacando ainda que o Poder Público deve proporcionar acesso e permanência do trabalhador na escola.

            As acadêmicas Euliene, Marília e Onésia observaram na Escola Municipal Francisco de Souza Bríglia em salas de Ensino Fundamental, 4ª série, 2ª série e 4ª série, respectivamente. Observando que na 2ª série a maioria é idosa, em processo de alfabetização e na 4ª a turma é mista, composta por jovens e adultos, que ainda não sabem exercer a leitura e a escrita fluentemente.

            A Escola Municipal Francisco de Souza Bríglia estava desenvolvendo projeto de aprendizagem sobre combate a pedofilia, onde os alunos estavam se envolvendo de forma significativa, ensaiando as apresentações sobre o tema.

            As acadêmicas Fabiana, Jaqueline, Liliane, Lisabete, Skivia e Lenise desenvolveram a observação em Escolas Estaduais de Boa Vista, em Ensino Médio. A primeira observou o 2º ano na Escola Estadual Dr. Luiz Ritller Brito de Lucena, as outras três observaram o 3º ano na Escola Estadual Maria das Dores Brasil e a última observou o 1º ano na Escola Estadual Monteiro Lobato. Observamos ainda que o Ensino Médio em todas as escolas era composto por jovens em sua maioria. A Escola Estadual Dr. Luiz Ritller Brito de Lucena na turma do 2º ano estava apenas revisando conteúdos para os últimos exames.

            A Escola Estadual Maria das Dores Brasil estava envolvida em ornamentações da escola com decorações natalinas e apresentações para o encerramento do ano letivo, além de revisão de conteúdo para as avaliações finais. A Escola Estadual Monteiro Lobato estava desenvolvendo atividades e trabalhos sobre Consciência Negra e revisões sobre temas a ser estudados para as provas do 4º bimestre.

            A diversidade nas escolas era composta por variadas pessoas com faixas etárias diferentes, além da diversidade social, cultural e religiosa. Mostram-se também educandos com personalidades distintas.

            Segundo Boucherville e Gabriel, apud, Wikipédia, “O termo diversidade diz respeito a variedade de convivência de ideias, características ou elementos diferentes entre si, em determinado assunto, situação ou ambiente (...)”. Assim, ao longo do estágio de observação nas escolas da EJA podemos perceber que há diversidade em todas as turmas, pois a sociedade é composta por pluralidade de sujeitos, pensamentos, ideologias, culturas, economias distintas.

            O pressuposto da complexidade criado por Edgar Morin estabelece que as disciplinas estão desintegradas no sistema educacional, desarticuladas com que significa ser humano, desconsiderando aspectos como a psicologia, o meio ambiente e a história. O teórico da complexidade “sugere ainda um pensamento crítico sobre o próprio pensar, o que remete a sempre retornar ao começo. Consiste em um procedimento em espiral, que amplia o conhecimento a cada retorno e, desse modo, comunga com o fato de o ser humano ser incompleto, necessitando aprender por toda a vida.”

É a partir dos conhecimentos anteriores dos alunos que o professor deve propiciar uma aprendizagem significativa, partindo do conhecimento real ao conhecimento mais complexo.

É conveniente ainda, destacar que o ser humano não é um ser acabado e sim um ser que está em constante transformação e construção. Isso faz pensar na complexidade do espaço social que a escola institui aos alunos da EJA e, sobretudo na eficácia da reprodução de um discurso estigmatizado que potencializa a condição de excluídos vivenciados por essas pessoas em outros espaços sociais, e como eles se apropriam e até assumem a condição de fracassados que lhes é atribuído.


Relatos e Relatorios de Estagio das alunas do Fundamentos da EJA/UFRR


OBSERVAÇÃO NA EJA



Aluna: Lisabete Muniz Naue

Professora: Gisele Cristina de Boucherville

Período de observação: 6 horas aula

Escola: Estadual Maria das Dores Brasil

Serie: Terceiro ano do Ensino Médio

Relato da Observação

            A observação se deu numa turma do terceiro ano do Ensino Médio, nas disciplinas de física, química e história. Fomos bem recebidas pelo diretor o senhor Gervalino Taigon e pela coordenadora da EJA  a senhora Lucenir que nos encaminhou até a sala. Fomos apresentadas a professora e aos alunos.

            A aula de física e química é dada pela mesma professora, que na ocasião estava revisando os exercícios do trabalho que haviam feito o qual seria a base da avaliação bimestral, fez alguns exemplos no quadro. Os alunos estavam também engajados na apresentação de final de ano para o encerramento das atividades letivas. Cada turma era responsável por enfeitar uma parte da escola e fazer uma apresentação para a comunidade. Neste mesmo dia se organizaram para atender uma carta de uma criança escrita para o papai Noel dos correios, os alunos estavam empolgados e todos demonstraram interesse em ajudar para comprar o material escolar e a  mochila pedida pela criança, embora o sonho dela fosse ganhar um carrinho, que iriam comprar igualmente.

            A turma é composta de jovens, que sentindo a necessidade do estudo para alcançar um melhor trabalho volta pra sala de aula. A turma esta sempre trocando idéias do acontece na sociedade. A aula de historia foi realizada na multifuncional para assistir ao filme Batismo de Sangue, que retrata a época do Regime Militar no Brasil, onde os jovens lutavam para combater o militarismo, após o filme os alunos deveriam fazer um resumo. Os alunos demonstraram curiosidade e fizeram muitas perguntas.

            Com a globalização as pessoas sentem a necessidade do dinheiro e da informação como fatores constitutivos da sua vida, onde o dinheiro é apresentado como motor da vida econômica e social, como se fosse necessidade vital do ser humano. E é esse pensamento que impulsiona muitos a continuar na escola ou retornar a ela.





TRIANGULAÇÃO DAS OBSERVAÇÕES COM O PRESSUPOSTO DA COMPLEXIDADE DE EDGAR MORIN



            As acadêmicas de Pedagogia Euliene Batista, Fabiana Silva, Jaqueline Simão, Lenise Carvalho, Liliane Serra, Lisabete Muniz, Marília Batista, Onésia Souza, e Skivia Canhete estiveram ao longo da última semana de novembro fazendo estágio de observação com a carga horária de 6 horas na Educação de Jovens e Adultos – EJA, em Escolas Estaduais e Municipais de Boa Vista, Roraima.

            Durante a disciplina Fundamentos da Educação de Jovens e Adultos podemos conhecer alguns motivos que fizeram jovens e adultos evadir-se da escola e retornarem a ela, como ajuda financeira á família, e busca de diploma para melhor qualificação no mercado de trabalho.Deste modo dois importantes documentos fizeram-se essenciais para o desenvolvimento da EJA no Brasil: a Constituição de 1988 e a LDB/96.

            A Constituição de 1988 contempla que o Estado deve oferecer Ensino Fundamental obrigatório e gratuito a esse público que não tiveram acesso na idade própria. A LDB/96 estabelece ainda, além do Ensino Fundamental, o Ensino Médio à essa clientela, destacando ainda que o Poder Público deve proporcionar acesso e permanência do trabalhador na escola.

            As acadêmicas Euliene, Marília e Onésia observaram na Escola Municipal Francisco de Souza Bríglia em salas de Ensino Fundamental, 4ª série, 2ª série e 4ª série, respectivamente. Observando que na 2ª série a maioria é idosa, em processo de alfabetização e na 4ª a turma é mista, composta por jovens e adultos, que ainda não sabem exercer a leitura e a escrita fluentemente.

            A Escola Municipal Francisco de Souza Bríglia estava desenvolvendo projeto de aprendizagem sobre combate a pedofilia, onde os alunos estavam se envolvendo de forma significativa, ensaiando as apresentações sobre o tema.

            As acadêmicas Fabiana, Jaqueline, Liliane, Lisabete, Skivia e Lenise desenvolveram a observação em Escolas Estaduais de Boa Vista, em Ensino Médio. A primeira observou o 2º ano na Escola Estadual Dr. Luiz Ritller Brito de Lucena, as outras três observaram o 3º ano na Escola Estadual Maria das Dores Brasil e a última observou o 1º ano na Escola Estadual Monteiro Lobato. Observamos ainda que o Ensino Médio em todas as escolas era composto por jovens em sua maioria. A Escola Estadual Dr. Luiz Ritller Brito de Lucena na turma do 2º ano estava apenas revisando conteúdos para os últimos exames.

            A Escola Estadual Maria das Dores Brasil estava envolvida em ornamentações da escola com decorações natalinas e apresentações para o encerramento do ano letivo, além de revisão de conteúdo para as avaliações finais. A Escola Estadual Monteiro Lobato estava desenvolvendo atividades e trabalhos sobre Consciência Negra e revisões sobre temas a ser estudados para as provas do 4º bimestre.

            A diversidade nas escolas era composta por variadas pessoas com faixas etárias diferentes, além da diversidade social, cultural e religiosa. Mostram-se também educandos com personalidades distintas.

            Segundo Boucherville e Gabriel, apud, Wikipédia, “O termo diversidade diz respeito a variedade de convivência de ideias, características ou elementos diferentes entre si, em determinado assunto, situação ou ambiente (...)”. Assim, ao longo do estágio de observação nas escolas da EJA podemos perceber que há diversidade em todas as turmas, pois a sociedade é composta por pluralidade de sujeitos, pensamentos, ideologias, culturas, economias distintas.

            O pressuposto da complexidade criado por Edgar Morin estabelece que as disciplinas estão desintegradas no sistema educacional, desarticuladas com que significa ser humano, desconsiderando aspectos como a psicologia, o meio ambiente e a história. O teórico da complexidade “sugere ainda um pensamento crítico sobre o próprio pensar, o que remete a sempre retornar ao começo. Consiste em um procedimento em espiral, que amplia o conhecimento a cada retorno e, desse modo, comunga com o fato de o ser humano ser incompleto, necessitando aprender por toda a vida.”

É a partir dos conhecimentos anteriores dos alunos que o professor deve propiciar uma aprendizagem significativa, partindo do conhecimento real ao conhecimento mais complexo.

É conveniente ainda, destacar que o ser humano não é um ser acabado e sim um ser que está em constante transformação e construção. Isso faz pensar na complexidade do espaço social que a escola institui aos alunos da EJA e, sobretudo na eficácia da reprodução de um discurso estigmatizado que potencializa a condição de excluídos vivenciados por essas pessoas em outros espaços sociais, e como eles se apropriam e até assumem a condição de fracassados que lhes é atribuído.